quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Técnicas de mudança de marchas

São entre 18 e 27 as relações possíveis de marcha mais comuns e adequadas numa moutain bike para escolher de acordo com o terreno e a aclive da rota, de forma a possibilitar que o ciclista consiga manter a cadência que melhor se adapte a sua força e agilidade.


Os comandos de câmbio da mão esquerda controlam as coroas – em geral, elas são designadas pelos números 1, 2 e 3, respectivamente a pequena (mais leve), a do meio (intermediária) e a grande (mais pesada).


Os comandos de câmbio da mão direita controlam a mudança dos pinhões (cassete ou catraca), também designados por números, de 1 (maior e mais leve) a 7, 8 ou 9 (menores e mais pesados).


Nos percursos de moutain bike, a troca de marcha é muito frequente, pois a mudança no aclive do terreno também é. A troca de marcha deve ser feita com o objetivo de ajudar a manter a cadência ideal do ciclista, reduzindo gastos energéticos desnecessários.

Para realizar essa troca de forma segura e eficiente, é necessário observar algumas regras básicas:

• Na mudança de marcha, não faça força durante a troca, pois pode ocasionar a quebra da corrente e o desgaste de todo o sistema; pedale com uma força extra antes e alivie durante a troca. O ciclista pode voltar a fazer força assim que a nova marcha já tiver sido encaixada com exatidão;

• Se possível, procure sempre mudar a relação de marchas de uma em uma, repetindo o processo de alívio da força quantas vezes for necessário;

• Evite mudar de coras durante uma subida. A cada troca, você reduz ou multiplica uma diferença de dez dentes, ou seja, uma mudança mais demorada, que exige um deslocamento maior sem utilizar força excessiva. As coroas são de 22, 32 e 44 dentes. Assim, é preciso planejar que coroa poderá ser usada do início ao final da subida e reduzida para ela já no embalo da reta, fazendo com que o final da troca coincida com o início do aclive;

• Nunca trabalhe com a corrente cruzada em relação às coroas e o cassete (pinhões);

• Evite os extremos, ou seja, engatar a menor coroa com o menor pinhão, relação 1 x 9, onde a corrente fica muito frouxa e sujeita a escapar; ou vice-versa, usar a maior coroa com o maior pinhão, 3 x 1, a corrente e o câmbio traseiro ficam muito esticados, facilitando a quebra da corrente;

• A coroa do meio poderá ser utilizada com todos os pinhões, mas evite engrená-la com o menor de todos, o de 11 dentes;

• Se você tomar um pequeno tombo, ou se a bike cair por cima do câmbio, a gancheira (peça que liga o câmbio traseiro ao quadro) poderá entortar e desregular todo o sistema, mesmo que, antes, estivesse funcionando bem. Verifique o alinhamento dessa peça em relação aos pinhões, pois, no meio da trilha, sua única ferramenta é sua própria mão. Ou seja, alinhe-a na ignorância, desentortando-a.

Uma boa dica é utilizar um simples protetor de câmbio, o que evitaria o problema descrito acima.




VERIFIQUE SEMPRE

Antes de qualquer prova ou treino, e mesmo rotineiramente, é preciso cuidar do equipamento – ou seja, da bike. O importante é estar com a bicicleta sempre com manutenção em dia, devidamente regulada e lubrificada. Em competições de longa distância é importante levar óleo especial para corrente. Com o tempo, muita poeira ou a água de poças ou da chuva, a corrente vai secando e fica mais sujeita a quebrar, além de dificultar a mudança de marcha.

Controle sempre o desgaste da corrente, das coroas e dos pinhões do cassete (catraca) a cada revisão da bike e troque a relação sempre que necessário. Se você tomar um tombo num momento de muita força, a corrente poderá se desengrenar dos pinhões ou da coroa. Além disso, esse processo tende a destruir o câmbio traseiro. Ou seja: o barato pode sair caro.

Cabos e conduítes de baixa qualidade ou mal lubrificados também afetam, e muito, a performance do sistema.

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