A forte chuva que atingiu a capital paulista adiou por 70 minutos o início da partida entre São Paulo e Palmeiras, neste domingo, a contragosto dos dois clubes.
O jogo estava marcado para as 16h, mas o temporal na cidade deixou o gramado do Morumbi encharcado. A água foi tanta que cobriu os assentos do banco de reservas e transformou a arquibancada em piscina para os torcedores.
O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza fez valer a regra e esperou uma hora para definir pela realização da partida.
Por volta das 16h10, o goleiro e capitão do São Paulo, Rogério Ceni, mostrou ser contra a realização do clássico neste domingo.
"Não temos condições de jogo, pois é arriscado para a integridade físicas dos atletas. Mas a federação é quem manda", disse Sérgio do Prado, gerente de futebol do Palmeiras, por volta das 16h30.
Olhem a situação que as arquibancadas ficaram, literalmente uma piscina.
Só teve jogo porque houve uma ordem superior, diz Felipão
Contrário à realização do clássico entre São Paulo e Palmeiras, que começou com 1h10 de atraso --devido a uma forte chuva que alagou parte do gramado e até as arquibancadas do Morumbi--, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que a decisão para a partida acontecer neste domingo não foi do árbitro Marcelo de Souza.
Para o treinador palmeirense, "o jogo tinha de acontecer nesta tarde" e acrescentou que nem o São Paulo era a favor de o confronto ser disputado com o campo com várias poças d'água.
"Não concordei em ter a partida, nem o [técnico Paulo César] Carpegiani, do São Paulo. Mas o jogo tinha de acontecer, não me pergunte o porquê, pois não quero entrar em confusão", explicou Scolari.
Antes da partida começar, por volta das 16h, o goleiro Rogério Ceni também foi contra a realização do confronto.
"Eu sei que a Globo fica chateada, mas fazer o quê? Vocês acham que em 30 minutos vai melhorar? Do jeito que a gente está vendo, não há chance de jogo', disse o camisa 1 do time tricolor, se referindo ao fato de a partida ter transmissão da rede de TV carioca.
"E se acontecesse um desastre no jogo, iriam cobrar o juiz. Mas achávamos que era melhor passar o jogo para frente, essa era a ideia. Se não fosse nesta segunda, que fosse daqui a 10 ou 20 dias. Mas, acharam interessante, por alguma ordem superior, fazer o jogo", completou.
O comandante palmeirense também criticou o fato de os jogadores do São Paulo reclamarem da atuação do árbitro, que expulsou o zagueiro Alex Silva após ele discutir e empurrar o atacante Adriano Michael Jackson fora do lance.
"Nós é que temos de reclamar do árbitro. No último lance do Gabriel [Silva], ele não estava impedido não e era uma chance clara de gol. E outra, o atleta do São Paulo deu um cascudo sim no Adriano. Mas, o São Paulo faz isso para depois, no próximo jogo, ser beneficiado", finalizou.
Fotos: Yahoo Esportes e Folha.com
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